Imprimé au Brésil, 2002, Lemos editorial, 326p.

Costuma-se hoje em dia chamar de saudosista aquele que valoriza as qualidades do passado. Por outro lado, o novo passa a ser, apenas por ser novo, uma garantia de qualidade e, ao mesmo tempo, desqualifica-se tudo aquilo que não esteja sob o abrigo da novidade. E cada vez mais o novo tem vida curta, sendo rapidamente incluído no grupo dos antigos, dos superados. No entanto, desconhecer a herança passada é uma atitude tâo absurda quanto se sentir escravo dela. A tradiçâo é nosso único corretivo contra a ânsia de novidade e aventuras curativas mágicas. Ela também nos ajuda a economizar erros e esforços de aprendizagem, ainda que não nos poupe de nenhum dos dois, porque se assim o fizesse, estariamos condenados a uma imitaçâo estéril e a uma prática estereotipada. Nesta coletânea de artigos e discursos, o professor Othon Bastos resgata personagens e momentos importantes da Psiquiatria pernambucana, brasileira e internacional. Mas, como diz ele, não bastaram as reminiscências e as breves investigaçôes historicas. 0 autor julgou oporturio acrescentar a estas alguns pronunciamentos de ordem teorico-doutrinária e determinadas avaliaçôes criticas da prática psiquiátrica brasileira atual. Sendo assim, o professor Othon nos traz dados significativos e interessantes de nossa herança psiquiàtrica sem, no entanto, se aprisionar a ela. Ele também nos oferece importantes contribuiçôes pessoais, úteis para o psiquiatra de hoje e de amanhâ. Conhecedor do nosso passado, testemunha de momentos importantes da Psiquiatria nacional e internacional ao longo de sua brilhante carreira, e como clinico atuante e professor de novas gerações de psiquiatras, Othon Bastos representa um elo entre o passado, o presente e o futuro da Psiquiatria brasileira.   Prof. Dr. Marco Antonio Alves Brasil - Presidente da Associaçao Brasileira de Psiquiatria e Professor Adjunto da UFRJ.

Le Pr Othon Bastos a passé deux ans à Bonneval comme assistant d' Henri Ey en 1961-62; Dans cet ouvrage en Portugais, il sait s'en souvenir en publiant le discours prononcé en 1978 au 5° Congrès de ABP em Camboriu: "Henri Ey une évocation personnelle, une brève vision de son oeuvre" pp.167-174